Dona da Porrah Toda

"Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual, eu do meu lado aprendendo a ser louco, maluco total, na loucura real..."

MAIS UMA...ESTEATOSE HEPÁTICA


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sobre cólica renal
http://twixar.com/i63

Prometi semana passada que viria aqui durante a semana postar pra vocês mas minhas velhas cólicas renais se fizeram presente depois de um bom tempo sem manifestarem, me fazendo voltar aquela velha e chata rotina de idas e voltas da urgência hospitalar pública, já que eu ainda não tenho um convênio pra salvar a pátria. Confesso que, nestes meus 33 anos de vida começo a ficar cansada disso tudo. Passei a vida agradecendo ao universo por mesmo tendo essas dores que fazem a gente querer arrancar o rim com a mão eu ainda os tenho, quer dizer, os tenho 1 e meio rs, mas tenho. Mas na decorrencia da situação, com sucessivas dores, uma vida inteira de idas e vindas das urgencias da vida sem resolver nada (obrigada governo pelo sistema falido de saúde que empurram com suas panças de quem engorda sentado no dinheiro) e graças a ozzy sem ter experiencia pior da área como chegar a precisar de um transplante ou hemodiálise, me pego as vezes questionando se não seria melhor não tê-los, mas logo me dou conta da merda que falei e procuro focar minha mente em outras coisas para não ficar pensando em dor e no medo de morrer e deixar meu filho pequeno totalmente desamparado na vida (meu marido é tão dependente quanto ele e me faz criar esse pânico de morrer por saber que se isso vier a acontecer meu filho pelo desespero do não saber o que fazer,será jogado de lado para qualquer outra pessoa cuidar e pensar nisso, quando ele requer cuidados especiais por conta da talassemia que tem, me faz me preocupar mais com isso que comigo mesma, na maioria das vezes).

A cada ida a urgencia é a certeza de que passarei novamente pela sensação horrivel de morte que dá tomar aquela merda de morfina e taquicardia, embaralho da mente e lezera obrigatória, e o tramal que usam ou associam a morfina para acabar de vez com essa dor maldita não alivia em nada essas sensações, me deixando o resto da semana desconectada de tudo, ligada somente a dor que fica ainda no fundo batendo, dizendo "você pode sair de mim por um tempo, mas eu não saio de você". Pior do que isso é não saber o que tenho; os médicos dizem "você tem nefrolitíase, porque ja não falou na triagem...vou te pedir exames e uma ultrasson, vá lá primeiro tomar a morfina (quando não é o tramal, ou os dois) e aliviando faça os exames e saindo o resultado, volte aqui", e com o resultado é sempre a mesma coisa "você teve uma crise renal, na ultrasson não apareceu nada, seus exames estão normais, volte pra casa, voltando a sentir dores, febre ou vômito, retorne" e só.

Pedir mais alguma coisa ao médico é ferir a integridade de deus do universo com poder de cura dele e isso traz consequencias como por exemplo cruzar os braços e deitar a cabeça sobre a mesa te dando um chá de cadeira ou sendo um pouco mais estúpido dizendo que ele é medico formado para isso e se está dizendo que você não tem o que suspeita, é porque não tem e pronto. Fim de papo.
Aí volta o cão escurraçado pra casa, com abdomem dolorido pela força que fez para aguentar as dores e as alucinações do tramal, pernas e pés cambriados por ter passado metade da sua estadia na observação de pé e com a certeza de que a menos que um milagre aconteça, irá morrer, seja hoje, amanhã ou breve, seja em qualquer hora certa que o tempo determine, porém, sem saber de fato o que rola de verdade alí dentro de sí.

Em conversa com uma amiga, ela me disse que o que eu precisava era de um convenio médico que me desse condições de um acompanhamento, um controle, tanto para isto quanto para outros e eu que ainda sonho em poder pagar qualquer coisa que vá além de dívidas e despesas normais (eu não, meu namorido coitado!) fico alí fazendo cara de "sim, farei isso" como se não fosse um desejo meu desde que saí do último emprego. Há de se avisar a vida e as pessoas que ser bem instruido e ter boa fluência verbal não é coisa só de rico, é coisa de educação, de quem lê a vida inteira e adora informação, pequisas, enfim, continua estudando a mente mesmo depois do seu segundo grau formado, mas nada além disso. Meu grau de instrução não oficializado pelo diploma de um curso superior e meu Q.i 148 não me deram uma condição financeira superior a 1 e meio salário mínimo e quem ganha qualquer valor superior a isso nunca vai saber que com essa quantia o que se tem é uma sobrevida, um meio termo que te diz "você não está passando fome", só isso, sem mais delongas, luxos ou lazer, apenas o básico para ainda conseguir pegar um onibus, ir trabalhar e ser chamado de cidadão na hora de votar.

Contudo, nessa semana, nos retornos que fui tendo a urgencia onde sonhava com um mundo preto e roxo onde o médico viria e diria pra mim "sra., essa é a ultima crise renal da sua vida, de hoje em diante faremos um procedimento e não acontecera mais" e eu sairia dalí como aquelas pessoas que acham na rua uma quantidade de dinheiro que mudarão suas vidas, o que eu tive foi mais uma nada boa notícia; estou segundo a fala do médico e ultrassonografia com esteatose hepática, ou seja, aumento da gordura no figado. Provavelmente o que justifica as dores próximas de onde eu tinha vesícula e inchaço consideravel no abdomem. Ao contrário do que pensam não foi o médico que me disse isso, eu tive de tirar minhas conclusões pesquisando na internet, da parte dele houve só uma piadinha sem graça dizendo que meu fígado estava como o do Ronaldo fenômeno e na minha pergunta do que significava aquilo ele foi enfático em dizer que resumindo, eu tinha de perder peso me olhando com cara de quem queria dizer "pança" e já foi me despachando com o papel de liberação (altas) do hospital e me retirando da sala, afobado para escrachar o próximo paciente.

Como já estou acostumada a grosseiria da nada hospitalar médica de atendimento público, o jeito e até por não ter mais o que fazer por alí (o plantão do dia tava péssimo, todo mundo grosso, sem fazer nada por ninguém e toda hora esbarrava em gente que já estava alí a meio dia ou dia e meio e não tinha conseguido sequer ser atendido, já dentro do hospital, então...) fui pra casa pensando no que o médico disse. Na verdade caiu sobre mim a realidade de agora movida por coisas que não esperava, ser obrigada a fazer, emagrecer. Para muitos isso seria um estímulo, mas para mim foi como me dar uma arma carregada e me pedir pra atirar em qualquer uma das criancinhas em posição de misericórdia perto da parede. Perder peso é uma coisa, agora emagrecer...não me vejo fazendo isso e isso regassou minha cabeça se querem saber.
Tudo que vinha na minha mente era "não dá pra ser gordo e ter fígado light não?!" e eu não parava de raciocinar no porque de só agora acusar esteatose hepática se a vida toda fui gorda e meu fígado sempre agil cordialmente comigo, será que foi o tempo que contribuiu pra isso, tipo, eu bem achando que tava tudo bem com ele, que a culpa era da vesícula pedreficada que eu tinha e na verdade ele também ja andava mal a tempos e não deu sinal (só pra constar, figado não dá sinal, quando dá já ta na fila do gargarejo pra morrer, por isso estou na preocupação)? Mas se rolou isso, porque nunca acusou nas trocentas ultrassons que tenho de outras crises renais? Penso que isso tenha vindo a tona pela desregra que me envolvi ultimamente, rodeada de alimentos industrializados, condimentados, processados e enlatados em que me encontrava pulando de bungjump frequentemente, traduzindo...cachorro quente, fritura e refrigerante...se for olhar, no curto e no grosso, tudo que tem nele eu não posso comer, seja pelo peso (engorda), seja pelos rins (condimentos, conservas e molho de tomate) ou agora pelo fígado (toxinas contidas nos processados, condimentos que retém toxinas que ele não consegue eliminar e com isso vai acumulando, a quimica dificil de desenzimar dos remédios que tomo pelas cólicas de rins e mal estar por conta da má digestão, inchaço, e dor nas costas geradas pelo excesso de peso).

Você que esta lendo o texto agora deve estar pensando no porque de mesmo ciente de tudo isso eu ainda querer me manter assim, seja visto por voce como gorda ou acima do peso e na sua visão prejudicando minha saúde. Com exceção do fígado que de certa forma já esperava isso (apesar de não ser beberona, acredito que o que bebi durante um periodo curto de minha vida nas portas de shows, etc,um dia ia se manifestar no meu fígado, como veio a acontecer em 2005 quando tive meu primeiro coma alcoolico e apartir daí não bebí mais) os outros problemas que tenho não são exclusivos do meu peso, o que me faz pensar que mesmo se fosse magra os teria por acreditar que são hereditários, da minha mãe (que tem pressão alta, problema renal, ovario policístico que a obrigou retirá-los e teve principio de aneurisma) e do meu pai (que tem pressão alta, problema no coração e colesterol elevado), além das provaveis diabetes e glaucoma que poderiam e podem ainda ser herdadas das avós, materna e paterna. Todos magros e por isso poderiam ter associado saúde, mas não tem. Então, na minha concepção mudar ou eliminar o que sou, meu biotipo por considerarem que tudo que tenho é atribuido exclusivamente ao meu peso, é emagrecer obrigatóriamente e conviver com a decepção do sofrimento que isso causa e não ver nada mudar. Acredito que tudo é atribuido a genética de alguém e algumas coisas vem do estilo de vida que ela tem (eu tenho sobrepeso porque em parte meu metabolismo é lento e na outra parte que compete a mim, apesar de ter feito muito tempo boxe, corda e caminhada, hoje não me exercito, não tenho horário pra comer e não me alimento direito), então olhando de fora seria muito fácil resolver tudo isso, se não fosse um pequeno detalhe, o meu querer.
Mas apesar de parecer com as palavras, pelo treinamento que tive da vida (leia-se aqui criação que meus pais me deram que mais parece treinamento militar), sou determinada até certo ponto na vida, ou seja, para coisas que valem a pena e desde que tomei conhecimento do s.o.s que meu fígado vem pedindo já adotei medidas para jogar uma cordinha e tentar puxá-lo contra a corrente. Em pesquisas pela internet já busquei coisas que podem me ajudar a desintoxicá-lo sem agredir meus rins mais ainda e o melhor de todos é o tal do Chá verde, porém, só depois de comprá-lo é que tomei ciencia que ele não é de forma nenhuma recomendado a quem tem hipertensão e inflamação renal e isso colocou meus dois pés atras. Outra boa ajuda é o chá de chapeu de couro (que eu ja tomo por conta dos rins) entao hoje meu esposo vai comprar e vou investir nele. Além disso, fiquei sabendo que suco de couve com limão e comer maça tambem contribui, tow dentro! (eu já como maçã, é uma das poucas frutas que gosto), assim que passar essa crise tenho em mente comprar uma corda e tentar botar meus 125kg pra pular rs e já botei em prática cortar por enquanto minha rotina de maionese e macarrão no almoço de domingo, diminuir enlatados e condimentos (pra mim o mais difícil, não consigo ficar sem um milho ou fazer comida sem cominho, orégano, açafrão e um sazon amarelo ou vermelho rs).
Meu marido apesar de me dar total força por causa do estado de não saúde em que me encontro, resolveu me sacanear no final de semana programando assar uma asinha, fiquei puta com ele, que veio com aquela de que churrasco não engorda, já que é tudo assado, grelhado no nosso caso do bafo, conseguiu me colocar com dúvida, carne de churrasco, tem ou não gordura pra tipo, engordar, afogar meu fígado, alguém aí sabe??

bem desse jeito que eu fico
quando estou preocupada


O que eu sei é o que sei a vida toda, porque pra mim isso tudo aí é a mesma coisa que fazer dieta ou regime como queiram definir, lindo na teoria, esquema bem escrito nas palavras, mas difícil mesmo eu focando só na determinação porque vez ou outra fico pensando se meu amor pela redondeza que tenho é maior que meu amor pela vida, porque vivo do efeito sanfona justamente porque vez ou outra essa dificuldade vem na minha cabeça da seguinte forma: se já dificil pra alguém que quer emagrecer e tem esse foco no raciocínio, imagina pra mim que nunca quis perder peso pra emagrecer, daí emendo logo o que estou pensando agora...putz, fudeu?! (interjeição de preocupação).



mais informações....

Em busca no google imagens por imagens que traduzissem o texto, encontrei esse blog, lí e achei interessante dividir com vocês que querem saber mais sobre esteatose hepática, ainda estou meio crua no assunto porque só fiquei sabendo a dois dias, pouco suficiente para meu nível de nerdice tomar conhecimento, já que também não estou conseguindo pelas cólicas renais me manter muito tempo conectada porraki rs, então, hoje vou me limitar a indicação de outro blog, okays galera. o link é este aqui http://saudedigestiva.blogspot.com.br/2010/04/esteatose-hepatica-gordura-inocente-no.html . No próximo post (que tentarei publicar por aqui ainda hoje) trarei um texto muito legal que achei quando procurava saber mais sobre fígado, esteatose hepatica etc (já que até então a única coisa que sabia dele é que não podia enfiar a cara em fritura por causa do mal estar desgramado que fico e enfiar a cara na cachaça, ja que da falencia do funcionamento do fígado existe cirrose hepática). Mas fica pra outra hora porque ja não estou conseguindo ficar aqui, em plena cólica renal leva para moderada. Beiças e bfds a todos!
Ah, quem souber o lance do churras me fala okays!?

PROMOÇÃO ROLANDO NO MEU BLOG DE VENDAS

Heys galera!
Domingão rolando de tempo nublado que eu adogo e muito inspirativo (pelo menos para mim rs), daqui a pouco vou lá para a porta do Chevrolet Hall de BH trampar minhas pulseiras...mais um dia de labuta informal do pobre trabalhador desempregado brasileiro kkk. Aproveitando a inspiração tow lançando lá no meu blog de vendas (não conhece o que faço ainda? clica em LOJA NEFASTA aí em cima na barra de menus e confere) uma promoção bem legal pra quem curte SPIKES (leia-se aqui aquelas coisinhas pontudinhas ou supermegapontudas de \,,/ METAAAAAAAAAAAAL \,,/ rs que o povo costuma ver aplicado em pulseiras, roupas, etc). A promoção vai rolar até dia 10/10 ou enquanto durar este estoque Nefasto rs. Passa lá, dá uma conferida nas pulseiras de Spike, tenho certeza que alguma com cerveja é a tua cara!
Bom Domingão a todos e beiças!

EU X RELAÇÕES FAMILIARES # PAI



Meu pai sempre foi um homem duro e de difícil expressão de sentimentos. De silêncio desaprovador e sempre com palavras de cobrança ou xingamentos por conta de algo que deu errado ou não foi feito direito, os momentos de sorriso e zoação eram limitados aos domingos, que é quando o tínhamos mais presente na nossa vida, mais especificamente pela manhã enquanto minha mãe fazia o almoço, que é quando e de vez em quando ele embarcava numas brincadeiras paternas esquisitas, virando por exemplo um monstro estirado no chão da sala se fingindo de morto até que uma de nós criassemos coragem de ir cutucá-lo e viver aquele delicioso momento de horror pelo susto do seu despertar e fugir correndo por todo canto da sala enquanto ele rosnando, grunindo engatinhava zumbi atras da gente, muitas vezes até babando para dar maior realidade a sua condição de monstro e não dava sossego até nos acuar num cantinho fazendo a gente gritar chorando de susto pedindo a ajuda da mãe que, claro, lá mesmo da cozinha, fazia ele parar acabando com toda a brincadeira kkk.


Fora esses momentos e quando ia visitar minha avó onde literalmente se sentia em casa e continuava ajudando mesmo depois de casado, sempre com alguma traquina esquematizada para sacanear com seus irmãos e irmãs, no geral ele era aquele homem que não gostava e não conseguia conversar mais que duas palavras ou uma ordem, que não admitia e não concedia carinho e que quando não estava em casa totalmente isolado no seu canto trabalhando em algo, estava no bar, bebendo. Com a gente e particularmente comigo até o chegar da adolescência (que é quando comecei a sacar algumas coisas e também rolou um fato que acredito eu foi o que nos afastou) não tínhamos do que reclamar, afinal, bem ou mal, pouco ou muito pouco presente em carinho e atenção, estimulo e elogios, ele era nosso pai e éramos felizes com ele, e mesmo sabendo que nem de longe ele era por exemplo os pais que somos hoje para nosso filho, sendo amigo e procurando ouvir e respeitar numa condição de reconhecer que criança também é gente, o amávamos e venerávamos e isso pra gente já bastava.

Meu pai sempre teve verdadeira obsessão em ter um filho homem e talvez por não conseguir fez de mim, a mais velha das filhas, o filho homem que não teve. Me levava junto com ele pra tudo quanto é lado, mais crescida e capaz passei a ajudá-lo na oficina de máquinas de padaria que tinha na frente da casa e como eu e minha mãe nunca tivemos uma relação materna afetuosa, minha mãe vira e mexe me surrava e espancava por qualquer motivo e muitas vezes sem nenhum motivo aparente; isso acabava reforçando o meu laço de afeto com o meu pai. Meu pai por sua vez estava sempre com seu olhar de desaprovação para o que eu fazia, sempre nada satisfeito, me fazia sempre refazer tudo que fazia até considerar bom, mas passivel de melhorar. Ninguém aliás era melhor ou igual a ele em nada, por este motivo não conseguia manter um ajudante por uma semana sequer, tinha preconceito e mania com quase tudo, era racista e não escondia isso de ninguém e vira e mexe batíamos de frente, eu sempre indo contra a maré dele e isso o irritava ao ponto de querer fazer valer sua autoridade me colocando apelidos ofensivos quando não podia comigo, demonstrando sua insatisfação com meu corpo (sempre fui a gorda numa família de magros de ruim, então podem imaginar néh), ainda sim, eu preferia ficar alí sendo a eterna burra gorda do lado dele do que perto da minha mãe, minha presença diante dos olhos dela, já era uma ofensa e isso bastava pra ela começar.


Essa relação de amor e desaprovação durou até o período da separação dele e da minha mãe, que por conta de uma mentira, muito drama e muita chantagem emocional por parte dela num determinado dia de arranca rabo, acabou me fazendo sair em sua defesa até física, onde, para defendê-la de uma falsa tentativa contra sua vida fui contra meu pai, ficando do lado de quem sempre me surrou, enfrentando e ameaçando ele a um ponto que, se não fosse a covardia dele de enfrentar as coisas da vida, talvez o que eu teria hoje seria mais que arrependimento. Vocês devem estar se perguntando porque fui contra meu pai que sempre esteve do meu lado e apoiei minha mãe que só me surrava, é difícil explicar, ela era minha mãe, foi tudo de supetão, eu voltando do meu primeiro trampo numa tarde, peguei a rua cheia de vizinhos gritando pra eu fazer alguma coisa e me assustei, na epoca todos enganados por uma mentira contada por ela para conseguir nossa razão e defesa, apesar do meu pai não ser aquele pai presente,ser severo e duro, nós éramos tudo que ele mais amava e talvez isso causasse ciumes na minha mãe, pena foi ter de crescer, entender algumas coisas, descobrir outras para sacar que naquele dia estava sendo enganada como todos aqueles vizinhos, tudo para que ela visse todas nós se afastar do nosso pai. Não tiro a culpa dele, minha mãe sofreu muito com meu pai, mas não vou falar deles enquanto casal agora, esse é o post da minha relação com ele. Bem, Creio que, foi aí, apartir desse dia que eu e meu pai nunca mais conseguimos voltar a ser os mesmos um com o outro. Talvez por isso e por outras mil coisas que vivi no decorrer da vida é que odeio com todas as forças mentira, nunca mais consegui ter confiança em alguém e não consiga passar do ato de amar apenas como um ser humano necessitado de ajuda minha própria mãe (a qual não tenho esse tipo de sentimento somente por isso e pelas surras, mas por outros motivos também, que reservo ao direito de falar no post sobre minha relação com ela).


Depois disso, muito tempo se passou. Hoje meu pai já refeito em alguns comportamentos se ainda é preconceituoso se mantém calado sobre isso, continua não aprovando meu peso mas não dispara mais suas piadinhas ou apelidos porque percebe que levo na boa, faço piada de mim mesma e isso quebra a graça dele.Continua odiando igreja, mas já aceita deus, do contrário não teria aceitado se envolver por um tempo com o kardecismo, coisa que entrando a beatisse da minha mãe numa das mil vezes que reataram e separaram, perdeu a vontade de prosseguir em alguma crença, voltando para a ignorância do ser e como sempre foi, para a bebida. A idade e o passar do tempo foi me fazendo descobrir coisas, como a da maioria dos filhos de que o pai não é nenhum herói, sofre e tem defeitos e isso não me afasta dele; e coisas que só nós (eu, minhas irmãs e minha mãe) sabem do meu pai, coisas que claro, ele não mostra e não se mostra para ninguém, nenhum dos familiares ou amigos de rua (e por este motivo seremos eternas incompreendidas e mal vistas por essas pessoas) e até pouco tempo atrás não sabia que sabíamos, mas que não alterou em nada o comportamento dele após isso, não demonstrou arrependimento, culpa, desprezou tudo que nos causou e causa, dando continuidade a sua vida como se nada tivesse acontecido, transferindo a culpa de tudo sempre para outras pessoas, menos para ele mesmo.

Isso me barrou no tempo, me fez ter apenas lembranças de infância, da época em que eu não conhecia meu pai verdadeiramente. Conversamos, não somos brigados, ele frequenta minha casa, consegue ser mais aderente com meu filho, seu neto, consegue até responder “eu também” quando meu filho diz que ama ele, mas talvez por eu ser a contra maré dele ou ser de repente todo conjunto visceral de atitudes e palavras que ele não teve coragem de ser na vida, teremos nessa vida e enquanto vivermos esse bloqueio. Não me perguntem, eu sinto muito tudo isso, tenho saudade da ignorância em que eu vivia e saudades do pai que descobri que não tenho...muitas vezes me pergunto porque não consigo ser como minhas irmãs que o conhecem como eu e conseguem ser mais próximas. O ressentimento entre a gente apesar de não declarado é claro, lúcido, sóbrio e gritante. Só consigo algum diálogo com ele mais duradouro quando finjo ter 14 anos de volta e peço ajuda em alguma coisa, tirar alguma dúvida sobre algo, precisão, daí ele me ajuda e me responde como o pai dos 14 anos, ensinando mas sempre com aquele olhar de reprovação de que ensina para alguém que nunca vai aprender direito.

Eu sei que ele em seu pensamento mais fundo que submerge a cada olhada pra mim revela o desejo de querer de repente que eu tivesse e fosse completamente diferente, que me calasse mesmo quando estou em silêncio, que fosse mais conivente com seus erros e ignorâncias, que mentisse, porque não, todas as outras mentem para defendê-lo ou apoiá-lo quando ele manda ou pede ...quem eu penso que sou, porque só eu não minto, não aceito, não apoio...eu, não consigo...perdão pai, não aprendi com você, não sei ser quem eu não sou, mas ainda sim, mesmo com esse vidro espelhado e grosso entre a gente, eu amo você.




Coisas da NefastA: DIPLOMACIA...ESSA MERDA AINDA VAI ME MATAR

Coisas da NefastA: DIPLOMACIA...ESSA MERDA AINDA VAI ME MATAR

DIPLOMACIA...ESSA MERDA AINDA VAI ME MATAR

Apesar de algumas pessoas talvez pelo meu jeito de falar acharem o contrário, eu sempre achei que é através da educação e agindo com certa diplomacia que se resolveria as coisas e sempre segui por esse caminho. Então eu sempre fui assim, aquela que pondera e ouve os dois lados antes de tirar minhas conclusões, mesmo quando tudo parece pender para um só lado; não me dou o direito de julgar nada nem ninguém somente com um ponto de vista sobre a situação. Talvez por isso na minha casa tenha sido sempre uma briga, meus pais que tiveram uma separação litígiosa vira e mexe disputam para qual dos dois entregaremos nossa razão e a minha pelo menos nenhum dos dois tem, ou os dois no caso, pois considero que os dois tem sua parcialidade de culpa e nem de longe são as vítimas que pintam de sí.

Na vida foi a mesma coisa, sempre ouvindo os outros e esperando que eles tivessem o mesmo respeito por mim, mas parece que a medida que você se aproxima do que é justo e imparcial você só atrai o inverso disso para perto de sí, isso explicaria por exemplo a quantidade de gente desrespeitosa a minha predileção religiosa (ou não religiosa no caso), o fato de alguém vira e mexe testar meu amor próprio e colocar sob prova as coisas que falo.
É incrível como as pessoas que definiram mal isso na vida delas, julgam que por estarmos tão decididos, definidos ou certos sobre algo que somos ou que defendemos só podemos estar errados e/ou perdidos e mesmo sob nossa certeza e convicção, tentam nos trilhar um caminho ou uma solução como se estivemos alí, pedindo alguma espécie de ajuda. Isso põem a prova minha diplomacia e me faz engolir seco ultimamente por ela ainda falar mais alto e eu por vez, acabar em não querer ser descortez ou grossa de língua afiada com alguém, porém, de uma forma ou de outra eu acabo sendo. Bom, é isso que vejo no olhar ou na expressão da pessoa que me desafia quando recebe a resposta imediata do que me propõs ou desafiou como se de repente imaginasse ter sucesso alí no que descreveu acreditando que farei cara de "eu estava perdida e você me encontrou" ou algo do tipo e recebe um "eu sei bem onde estou, vá iludir outro trouxa" de resposta.
Infelizmente tenho visto muitos idosos desaforados que se aproveitam da idade que tem para me persuadir e se aproveitarem da idade para não receber resposta a altura, maldita educação que recebí de sempre respeitar os mais velhos, pois essa prática impera na minha vida e eu queria mesmo que minha rebeldia fosse maior que tudo isso, mas infelizmente o estado de felicidade plena aquieta a rebeldia da gente.
Estou feliz, há exatamente 12 anos e 9 meses estou feliz. Tenho umas broncas, brigas, mas nada que a família que formei (eu, meu namorido e meu filho) não me façam esquecer ou acabar por relevar ou na maioria das vezes ignorar como faço, e família (pai, mãe,irmãs e/ou outros parentes) é algo que sempre me tira do sério, foi sempre a cruz no alto daquele monte oliveiro à espera que eu espontaneamente transpassasse os pregos nas mãos e pés e me auto flagelasse como símbolo da minha rendenção e prova de que tudo que sempre pensaram ou falaram sobre mim ou sobre a forma como levo a vida faziam deles os certos; mas essa cruz sempre esteve vazia e se depender de mim, sempre estará (teve um cara que achou que a podia encarar, mas logo que viu como era minha família, preferiu as formas julgativas de Pilatos e vazou pras galiléias! rs) e isso para qualquer um que não aceita felicidade alheira é profundamente irritável. O estado de felicidade alheira irrita as pessoas que nunca se arriscaram na vida ou que se arriscaram e ao falharem não insistiram.
Eu vejo isso nas pessoas que assim como eu, estão acima do peso mas não conseguindo se aceitar como são e não conseguindo perder peso (o que é muiiiiiiiiiiiito difícil) se perdem no lado ruim disso tudo, se deixam amargar e estão sempre tentando amargar tudo que veêm pela frente; eu vejo isso nas pessoas que não se permitem questionar pela cultura religiosa que tiveram e pelo medo de serem crucificadas naquela cruz preferem sacrificar ovelhas a mando de pastores, a mando da igreja ou a mando de um deus que só existe na cabeça delas, já que por ele, elas, contradizem seus próprios mandamentos religiosos, dissipando o nome do deus que dizem amar e seguir eternamente em tudo que egoístamente lhes convém.
O que não é do deus é do diabo e sendo do diabo está condenado, queimado, amarrado e sei lá mais o quê. O que não é magro, é desgraçado, feio, indefeso e julgável...o que é gordo bem aceito também.
Sendo assim o Bem resolvido, decidido ou aceito, esclarecido, respondido, feliz e perfeito esconde algo por trás, não pode ser assim, não deve ser bem assim, não existe o perfeito (não existe mesmo), não passaria de uma mentira contata e espalhada a cargas de um mundo melhor, cor de rosa (ou preto no meu caso)...é impossível alguém viver ou ser assim.
Depois da divisão maluca que fizeram no mundo, se você não é bom, é mal, se você é feliz com você, é despresível, se você não é magro, está fora, se é gordo que se aceita e consegue ser feliz, é farsante, se você não é de deus nem do diabo, você é um perdido esperando que um dos dois te resgate e se você tem um cérebro e resolve usá-lo, é um cretino prepotente e não somente alguém capaz de pensar, questionar e raciocinar.
Sábado estava eu saindo no portão, o som do velho Canibal Corpse rolando do lado de dentro bem alto quando uma senhora se entitulando missionária e mais dois adolescentes me interpelaram no portão com suas pregações. Ao me questionarem e me convidarem a ir a missa, pela falta de percepção deles do som que rolava do lado de dentro da minha casa, revelei minha condição não religiosa mencionando também minha total falta de interesse para qualquer uma delas. A senhora ainda ignorando o som que rolava la dentro (a essa altura, depois de uma breve analisada na tatoo que eu tenho na perna esquerda e entendendo agora o som que rolava la dentro, os garotos davam algumas puxadinhas na senhora tentando fazer ela mudar de idéia e abortar a missão) continuou seu convite agora sendo mais ofensiva, porém ainda educada, tom baixo de voz, o  que me fez continuar educada a ouvindo, porém ainda na tentativa dela perceber rs, porém nos argumentos que ela usava, me tratava como um ser que ao cair na terra perdeu sua coleira de identificação e precisava urgentemente ser resgatada...o garoto e a garota ouvindo o que eu respondia insistiam no cutuque da véia, mas ela não arredava pé, mesmo diante dos meus argumentos pláusíveis e totalmente certos sobre o que eu acreditava (ou no caso não acreditava), ela estava determinada a "salvar" aquele ser (no caso eu rs).
Metaleiros (as) ou qualquer tipo de aparência perdida, são sempre um prato cheio para esse tipo de gente, que quer fazer a linha "pastor de ovelhas desgarradas" e ficar bonito na fita para o senhor que acreditam, uma espécie de "senhor, pode me levar agora, eu salvei" e neste caso específico nem digo isso dessa senhora porque ví nos olhos dela que ela realmente parecia ter fé no que dizia, era uma dessas poucas pessoas provavelmente que ainda conseguem ir numa igreja com a intenção somente de rezar e ouvir a missa, por isso não quis ser rude com ela. Foi o meio termo, não estava afim de ouvir o que ela falava, sobre bíblia, missas e outras coisas da religião, mas não a cortei, ouvi e olhei nos olhos dela pela boa educação e maldita diplomacia que recebi a vida inteira, esperando ela me dar a vez. Por fim, depois dela descarregar sob meus ouvidos tudo que aprendeu culturalmente e porque não fruto de sua fé, já que ela crer, eu não, com a olhada que ela me deu rapidamente na expectativa que eu respondesse sim, eu seguirei, me virei para ela e disse tambem educadamente "senhora, não é porque não creio em nada do que a senhora ou qualquer um fala ou prega que eu esteja perdida não. Eu vim de uma família onde minha mãe sempre pregou e foi missionária das palavras da bíblia, ela era católica apostólica romana, do apostolado da oração e hoje ela é kardecista, meu pai era ateu e hoje ele é ateu, graças a deus. Eu já estudei a bíblia, conheço como os crentes todos os parágrafos, versículos, parábolas, tudo que se prega por aí não foge ao meu conhecimento, mas eu cresci, perguntei e a bíblia não me basta, as crenças não me prendem, as teorias não me satisfazem...dai ela me interrompeu e me perguntou se eu acreditava em deus, eu disse, eu acredito no universo, daí ela insistiu me perguntando no que eu acreditava que regia o universo, eu disse " a ciência explica o que eu entendo e o que eu não entendo a vida me ajuda a entender... mas o que eu quero que a senhora entenda é que infelizmente hoje a senhora vai sair daqui um pouco sem sorte, porque sou eu que não quero estar ligada a nada, não o contrário"...com isso entendendo ou não o que eu queria dizer, ela agradeceu a oportunidade de falar sem fronteiras no meu ouvido e se retirou com o meu "bom trabalho e boa sorte aê" na melhor das intenções.

SEMANA FRENÉTICA DE BAGULHO TENSO

Putz, até que enfim eu conseguí um tempo para vir aqui, já estava com saudade do meu nefasto bloguinho e claro de vocês, meus leitores queridos!
Essa semana o bagulho foi tenso e frenético pro meu lado, uma correria só, hoje acordei melhor, mais ainda estou esgotada pela semana que me sugou os nervos e as forças. Começou na segunda, correria pro show do Scorpions (fui lá trampar minhas peças, já que não tenho mais grana pra estar dentro, pelo menos do lado de fora eu fico kkkk), aí acabou não rolando o show e voltei na terça.f para aproveitar mais um dia brasileiro do trabalhador informal, vulgo camelô e tentar vender mais alguma coisa (fiquei muito tempo parada nas vendas, não posso me dar ao luxo de perder oportunidade dessas, ainda mais que de loja mesmo só tenho o blog de vendas).
Emendando, quarta.f mais uma vez correria, pegar 2hrs de transito parado pra levar meu filho no médico, outra coisa que não posso me dar o luxo de perder, não tenho convênio médico e não consigo ser atendida no posto de saúde do meu bairro, então é pegar o bus as 10:30 pra chegar ainda atrasada na consulta marcada há um mês para as 13hrs,foda!
Quinta volta a rotina normal, acordar as 05:30 para liberar meu filhute pra escola e arrumar a bagunça que a poeira de agosto e o tempo sem umidade traz pra casa e pra vida da gente. Um dia sem limpar minha casa fica parecendo que moro no meio da terra...e cara, que dor muscular nas pernas, acabei com uma cartela de dorflex e não resolveu nada. Eu devo estar com esporão também, porque não estou aguentando encostar meu calcanhar no chão.Enfim...
Chegou sexta.f e como adoro sexta...sem ter obrigação com a cozinha porque amanhã u-hu não tem que fazer marmita do namorido kkk, sem ter de neurar com a limpeza da casa, só fazer uma limpa básica mesmo e boa, rs. Foi assim que eu vim parar aqui neste post pra vocês. Hoje não vou postar comidinhas de 6ª, por dois motivos, primeiro porque fiz cachorro quente rs, segundo porque dei uma olhada nas últimas postagens e elas basicamente foram feitas nas últimas quinta e sexta.feiras o que significa que o enredo da semana vai ficar repetitivo (vai ficar parecendo que eu só entro aqui pra postar comida e passo a passo kkk). Então, com a semana quase normalizada (semana que vem meu filho tem outro médico kk) prometo vir aqui durante a semana e recompensar a leitura de vocês, okays?!
Beiças e bfds!

ESCOLA É PARA TODOS....MENOS PARA PAIS INTERESSADOS

Agora a pouco enquanto arrumava meu filho para escola (fiz o post as 06:40 da manhã), pedindo a ele que lembrasse a professora de colocar o iogurte que ele estava levando de lanche na geladeira (a lancheira dele era térmica, mas o forro térmico se espedaçou todo e acabei retirando da lancheira então, quando o lanche necessita resfriar combinei com a professora de fazer a gentileza de colocar na geladeira da escola, retirando 30minutos antes para que ele não consuma gelado), depois de outros pedidos já feitos anteriormente, meu filho me disse afirmativamente que ia falar mas que não ia adiantar muito, já que nas outras vezes ela não o fez. Isso fez meus olhos saltarem da cara, como assim ? (leia-se aqui, que escola é essa que bota maior banca, faz mil e uma propagandas de que tem isso e aquilo para os alunos e quando peço para conservarem o lanche dele na geladeira (que eles no ínicio do ano falaram mais de uma vez da dita) porque a lancheira dele atualmente não conserva o alimento, eles enviam bilhete de resposta afirmando que farão e não fazem?
Lembrei de todos os pãezinhos com patês, de todos iogurtes, de todos leites fermentados que já mandei depois do bilhete de pedido de uso da geladeira e quase tive um ataque de “pelanca” silencioso, não deu em outra, fiz um bilhete bem explicadinho dessa conduta legal da escola e antes que me questionem se meu filho estaria falando a verdade sobre aquilo eu já pergunto antes, que motivos ele teria para mentir sobre isso? – É como falei no bilhete, criança fala o que vê e pra mim por si só isso não tem prerrogativas. Já não ando satisfeita com esta escola à muito tempo se querem saber. Sabe aquele tipo de escola que prega um monte de coisa e não faz metade do que fala, só não digo na cara dela (escola) que é pura propaganda enganosa porque tenho de engolir meu filho estudando lá durante esse ano todo, já que por aqui é a única que tem um ensino melhorzinho (as outras são mais creches que escola e como meu filho esta no segundo período e no ano passado estudou numa escola maravilhosa, não tive como não colocá-lo lá, era isso ou deixá-lo por um ano sem escola. Pelo menos no quesito estudo em si, a prática didática não defasa meu filho, fazendo ele regredi no que já aprendeu. Mas garanto, desse ano não passa.
Para quem mora aqui na região a escola é maravilhosa, alguns ousam chamá-la de escola de ricos (provavelmente pelo valor que se paga da mensalidade que não condiz com o que se vê). A maioria também não se importa muito com quesito aprendizado e educação por aqui, querem mesmo só um lugar para deixarem os filhos para poderem trabalhar tranqüilo, uma forma de sentir-se mais seguros, já que hoje em dia não dá pra confiar em quem a gente bota dentro de casa. Eu fico olhando tudo isso e só aumenta a minha saudade de onde eu morava, direto e reto penso em toda evolução pela qual vivenciei no meu bairro antigo (nada, nada nasci e cresci lá, acompanhando toda melhora do bairro e evolução do povo) e me faz senti o quanto voltei para traz sabendo que aqui passarei tudo de novo, extremamente cansativo.
O pior ainda está por vir, estou atada a um lugar praticamente impossível de melhorar (leia-se aqui Justinópolis/Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte) e olha que quem mora aqui onde eu moro (Justinópolis) ainda se gaba de mesmo pertencente a Neves não mora lá, em Neves, que acredite, é a sola do inferno. Se eu reclamo que aqui foi onde esqueceram as botas do Judas, lá enterraram o seu corpo (provavelmente o da Elisa Samúdio também rs...desculpe o humor dark...) pra ninguém achar. Saber que compramos aqui e o dinheiro da venda (se resolvêssemos vender) só daria para comprar em lugares ainda pior (existe, pode crer!), o que vira e mexe me faz sentir o poder da frustação de não ter o mínimo de dinheiro, pois não vejo a hora de voltar a civilização rs (e olha que, como já disse em outras vezes, comprei no melhor bairro da região, aqui sem dúvida alguma, é mais evoluído que em praticamente todos os outros bairros de Justinópolis/Ribeirão das Neves, já que as pessoas que compraram aqui e alguns gatos pingados, por serem jovens dando seu primeiro passo para a casa própria e tão indignados como eu não ficam de tudo parados vendo a banda tocar, estão se mobilizando de alguma forma, abrindo pequenos comércios e como comerciantes clamando melhoras, onde com isso, uma coisa puxa a outra e assim vai, mesmo que aos poucos.
Já fiz o cadastro e ano que vem meu filho vai para a escola pública, queria estar feliz sobre isso, afinal estudei em escola pública a vida inteira e até estaria se estivesse ainda no meu bairro antigo (não estou com apego e isso não é puro saudosismo de quem viveu por lá a vida inteira okays, kkk), mas andei visitando a única escola daqui e putz, a sensação que tive é de estar empurrando meu filho abismo abaixo se querem saber, a estrutura da escola é tenebrosa, fica num terreno esburacado, onde arrumaram a entrada por motivos óbvios, é poeira que não acaba mais (mas aqui em Ribeirão das Trevas é assim, poeira, lama e falta de asfalto), vi até uma sala de piso batido acreditam? E algumas mães que andei sondando dizem que estudam nessa sala. Tem um espaço florido para a gente não sentir que está na penitenciária (com essa folga dos criminosos que tem aqui no Brasil estou convicta de que há penitenciarias melhores que esta escola). Antes que me ou se (ou gui rs) questionem do porque então de querer transferí-lo para esta ou outra escola da região a deixá-lo onde está, vos digo, é o ensino, o ensino e a possibilidade de levar e buscar meu filho, ser mais presente ainda na vida estudantil dele com visitas a escola (as outras por serem muito distantes necessitando de transporte para chegar me impedem acesso mais freqüente), o fato de poder investir o dinheiro que pago em mensalidades em outros benefícios reais para ele (já que na atual vejo bem o dinheiro que invisto e pago de mensalidades nos ouros maciços exagerados, nas roupas de grife, sapatos, enfim no luxo da Diretora e filhas assistentes donas da escola, enquanto a escola é maquiada para fingir que o dinheiro esta sendo usado...momento sangue no olho, juro!) é que são as únicas coisas que me fazem desejar e ver meu filho estudando lá, ate que eu possa enfim voltar a trabalhar e dar a ele uma vida estudantil mais digna (não posso contar muito com meu namorido nesse quesito, ele pra mim é praticamente só alfabetizado, já que nunca gostou de estudar e não concluiu nem mesmo o ensino fundamental, não tem costume, curiosidade de ler, não investe em si no quesito conclusão do ensino, curso etc, é inteligente e bom para coisas eletrônicas mas nem isso o atrai para uma sala de aula para aperfeiçoar esse dom que tem...somos um paradoxo controverso nesse e outros quesitos...bom, pelo menos ele aceita e entende minhas persuasões e contribui no que pode, em outras palavras, seu pouco assalariado dinheiro e não me contraria quando digo e tento ensinar a meu filho o poder e importância que tem a educação e cultura).
Bem, pelo menos me sinto melhor desabafando essa merda toda kkk, também foi bom escrever alguma coisa do Rico, já que tem um marcador só dele e deixei vocês a ver navios sobre as coisas dele kkk, não éh?! (aposto que tem leitor aqui que nem sabia que eu tinha filho kk, de tão pouco que ando falando dele kk). Bom é isso galera, como diz um amiga bicha que tenho (não é preconceito nem pejorativo ok, a gente se trata assim, bicha!)...ossos do orifício, fazer o quê néh! Abaixo deixo dois momentos de coisas que sempre gravo dele (tamu sempre ali, eu e ele, juntos de câmera na mão, fazendo alguma coisa).

PRONTO FALEI: Quero só ver a resposta do bilhete que mandei para eles...dentre algumas coisas falei como é visto por mim através de conhecimentos e até mesmo experiências anteriores sobre esse tipo de tática de evitar o uso da agenda para falar sobre o desenvolvimento dos nossos filhos na escola (não quer escrever, é porque não quer se comprometer)  só conversando sobre o assunto através de visita agendada na escola (outra forma de mascarar coisas, na minha visão...pais sem acesso e informação e só com programação de horário, lembra aquelas escolas e creches que não olham as crianças direito, judiam e abusam dos nossos filhos, marcando horário para saber a hora que o pai irá até lá, fazendo assim a linha da escola perfeita onde tudo funciona direito...e a diretora se nomeia psicopedagoga ou não sei o quê...táh, me convence Emílio!).

AMBULANTE DE SINAL PASSANDO CARTÃO

Saindo do Hotmail agora a pouco lí uma notícia que achei o máximo (vou deixar o link dela no final do post okays?!), acredito que a maioria que me segue aqui e usa hotmail deve ter visto também. Um trabalhador informal que vende seus "trecos" nos faróis de trânsito aceita cartão de crédito e débito (achei d+ a iniciativa dele, só tenho pena na parte financeira já que as operadoras de cartão abusam na cobrança mensal para a tal maquineta).

Pensando na segurança de seus clientes motorizados, um ambulante do interior de SP abriu firma registrando CNPJ para conseguir se cadastrar e oferecer mais essa comodidade a seus clientes, aceitando como pagamento cartões de crédito e débito, afirmando ainda que por enquanto só não está parcelando. A atitude pioneira do camarada veio quando percebeu que por conta dos assaltos constantes as pessoas estavam evitando abrir as janelas para comprar seus produtos, o que acarretou na queda de suas vendas.

Segundo ele, agora não haverá desculpas para as pessoas comprarem,rs. Em entrevista a alguns motoristas se eles comprariam ou não usando o cartão, a opinião dividiu-se em quem compraria por já conhecer o ambulante pelo tempo de vendas no local e em quem receoso de uma possível clonagem ou mesmo fugidinha do ambulante levando o cartão, diz preferir não arriscar.

PRONTO FALEI: Dou uma salva de palmas para esse cara que foi corajoso duas vezes: pagar mensalidade escabrosa para ter cartão e pensar no cliente quando a maioria hoje só pensa em ganhar mais dinheiro. Queria saber é se agora registrado e com cartão ele ainda terá de correr do Rappa, será???

EU X RELAÇÕES FAMILIARES # PAI - PRÉVIA

Sábado a tarde meu pai e minha irmã do meio (a outra irmã de quem falarei aqui numa próxima postagem...ela leu a postagem sobre minha irmã caçula e comentou sobre sua pouca aparição rs, ela não sabia que essas postagens faziam parte de uma espécie de série que resolví criar para falar mal da família (rs, brincadeira kkk) e como tive de contar para ela, agora terei de fazê-la esperar para aumentar a expectativa e fazer ela ler meu blog kkk...porque será que família nunca apoia a gente dando incentivo e acessos ao nosso blog, pow!? Kk..nem meu namorido me segue nessa porra kkkkkk rs) estiveram aqui em casa. É incrível como os dois tem dificuldades e compromisso com horários, até hoje não sei como minha irmã consegue cumprir seus horários no trabalho, nunca chega no horário que marca nas visitas ou eventos familiares, é do tipo que faz a gente repensar os convites futuros de tanto que enrola, demora (só se safou dessa vez porque estava esperando meu pai, outro enrolão que vive reclamando dos atrasos dela mas faz a mesma coisa rs).
Depois de um belo chá de cadeira que tomei praticamente o dia todo a espera deles e não aguentando mais meu filho reclamar da demora pela ansiedade que estava para ver a tia, o avô e os primos (minha sobrinha de 6 anos e o homenzinho da familia que está para chegar, meu querido heitinho (Heitor sera o nome dele)) eles até que enfim, pelo amor de Ozzy chegaram. E embora ansiosa também para ver todo mundo (de vez em quando sinto saudades do povo kkk, brincadeirinha...rs) estava preparada para receber as velhas (mas sempre novas rs) críticas do meu querido, porém sempre duro e sem elogios pai (não tem uma vez que ele não vem aqui que ele não reclama da falta de porta no banheiro (a gente sabe pai, moramos aqui e queremos tanto uma porta, uma pia e agora um tanque de lavar roupas quanto o senhor rs, só ainda não conseguimos comprar, aqui mora gente assalariada que parcelou cartão de crédito por causa do tempo que ficou afastado no inss por acidente e isso descontrola a vida da gente por um ano inteiro). Quem como meu pai, sempre trabalhou de autonomo e recebe as veze num dia ou numa semana o que se recebe aqui em casa para um mês com 30,31 dias nunca vai entender o que é receber salário mínimo e só ter para contas, despesas e o que comer.
Por incrível que pareça (parte II), a visita desta vez demorou mais um pouco e só não foi mais longa porque meu pai não tem mesmo muita paciência para ir num lugar quando alí não vai rolar nada além de visita e minha irmã pelo barrigão de apenas 6 meses que está. Meu pai anda vindo aqui numa pressa terrivel, quase que nem entra, só deixa o que traz para as tres e arranja logo um jeito de ir embora rápido, talvez porque não temos mais toda química e assunto que tínhamos quando eu tinha 15anos e ainda trabalhava com ele fazendo a linha obrigatória do “filho homem” que ele não teve; ou simplesmente porque ele não consegue ir em algum lugar (no caso minha casa) sem algum motivo para isso (leia-se aqui apenas visita, sem festa, bebida, churrasco ou algum evento que o deixe alí somente curtindo o momento espairecendo). O silêncio depois do “bença pai, como foi de viagem, que horas saiu de lá, que horas chegou aqui, choveu, fez calor, fez frio...” impera permanentemente e confesso sem precisar tornar isso uma confissão que por não ter o que perguntar também fico em silêncio. É uma relação de família estranha a nossa. Eu sei bem quando isso começou a ficar assim e não parou mais. Para vocês terem uma idéia de como somos um com o outro, a última vez que nos abraçamos foi num desses almoços que ele de vez em quando fazia chamando a família que não podia trazer em casa quando ainda casado com minha mãe, quando o Rico ainda tinha 1 ou 2 anos acho, e foi para uma foto onde tava todo mundo empolgado e meus primos e minhas irmãs começaram a posar para foto, então eu meio receosa cheguei junto dele brincando descontraída para ver se rolava uma foto entre a gente, eu tenho superdificuldade de tocar meu pai porque ele sempre tem aquele “não chega muito perto” no olhar quando olha ou se aproxima de mim, acho que os especialistas definirão isso como bloqueio. Sempre houve treta forte entre a família do meu pai e minha mãe e vice versa, então coisas do tipo não aconteciam sem aquela cara de “obrigação por ser da família” mas nem tiro toda razão da minha mãe, alí tem um bando de falso e fofoca e discordia alí é mato. Não é todo mundo, mas numa família onde minha avó deu 24 irmãos para meu pai, posso contar nos dedos quem presta e tem caracter de verdade e hoje dos 10 vivos, dos trocentos netos, sobrinhos, etc tem mais de um joio por trigo, se é que me entendem. Salvo umas duas tias e a maioria dos primos e primas, o que sempre me prendeu lá já não está mais na terra, minha avó, então mantenho sempre a distancia suficiente para ainda chamar de parente e aparecer de vez enquando, nada mais que isso.
Entre meu filho e meu pai já é diferente, nem se meu pai quisesse manter o bloqueio que tem comigo conseguiria. Meu filho é do tipo que chega chegando e tem sua atitude e pronto e se você não corresponder, ele não vai parar e manter o bloqueio, ele pergunta na lata e no mínimo você sairá constrangido com aquilo kkk, (o Rico é demais kkk), meu filhute não esta nem aí para essa coisa da dureza, abraça mesmo e fica naquela de “ôh vô, o senhor não me ama também não? – Me abraça!” e não desgruda da pergunta até conseguir ouvir o avô falar que ama kkk, vai eu tentar fazer isso kkk, é abraçar com o coração e sentir um espeto rs. É engraçado porque ele trata meu pai com adoração mas não se dobra a falta de demonstração de amor dele, quando não concorda com alguma coisa fala e impõem-se sem se mostrar rebelde aquilo (eu sempre fui rebelde e fui perdendo a paciencia de esperar meu pai deixar o posto de covarde e assumir suas atitudes e o que pensa de verdade, isso foi sempre o que me incomodou nele e acredito que foi o que fez a gente ir batendo de frente até chegar a forma como está) do mesmo jeito que, por ser criança também mostra que sabe se rebelar se precisar (e algumas vezes rebela de graça mesmo kk).
Bom, desta vez meu pai ficou mais calado que objetivo e não parecia estar se sentindo bem. Meu pai tem pressão alta e nem alguns sustos que já teve o faz querer de fato manter uma condição para favorecer uma vida a mais. Come errado, bebe quando não poderia beber de jeito nenhum e vira e mexe tem sentido as consequências disso, acho que por mais que ele sabe que isso pode fazê-lo ir daqui para qualquer lugar melhor ou pior ele de certa forma paga pra ver, não acredita mesmo com tantos exemplos dentro e em torno do seu ciclo familiar e de amigos que brinca com a morte e um dia ela pode resolver apelar com isso. É definitivamente um homem difícil de lidar.
Eu, mesmo agora já tendo atingido uma fase da vida onde paro cada dia mais de questionar certas coisas, ainda me pergunto no porque da vida e meus pais terem feito com suas vidas o que fizeram. Passar 20 anos da vida cotidianamente quando juntos brigando, discutindo, sendo completamente infelizes e outros restantes da vida sozinhos, brigando com o passado por não quererem se distanciar dele e infelizes do mesmo jeito. Eu olho para o meu pai e vejo um homem que perdeu tempo e ainda está perdendo tempo na única vida que tem. Só teve vida para o trabalho árduo e mais nada, só aproveitou segundos dos milhões de zilhões de horas que a vida disponibilizou para ele. Eu vejo alguém que não se diverte com a bebida mas não para de beber alegando ser divertimento, distração, uma das poucas coisas que não é trabalho e que gosta de fazer (hoje posso dizer que ele até bebe menos, putz, e como, na minha visão e comparação com um passado pouco distante ele praticamente nem bebe hoje, mas ainda o pouco que ingere lhe faz mal, muito mal). Eu vejo alguém que ficou ferido porque sonhou um dia ter uma família, um lar mas que achava que contribuir para isso era somente por dinheiro e comida dentro de casa. Ainda sim, lembro mais das brincadeiras dele quando nós éramos crianças na sala ou quintal de casa do que da minha mãe sequer sorrindo com alegria. A relação deles enquanto casal adoeceu e apodreceu no coração de cada um deles, adoeceu e apodreceu toda a família, destruiu os sonhos de cada um e o que esperavam de sí e do outro como de toda família. Por mais que se dizem cada um na sua que estão felizes ou apenas vivendo e por mais que vocês possam achar do que vou falar um absurdo ou uma visão de quem não pode desvendar o que passa dentro deles, eu, na condição de filha mais velha, de quem esteve do lado de dentro tentando e gritando que queria estar de fora a tudo isso, posso dizer que sinto que eles empurram suas vidas apenas esperando que a morte os resgate.