Dona da Porrah Toda

"Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual, eu do meu lado aprendendo a ser louco, maluco total, na loucura real..."

FELIZ DIA DOS NAMORADOS, NAMORIDO!

A cena começa assim: Dois metaleiros quase em coma alcóolico subindo de quatro a arquibancada do estádio do mineirão. A visão era surreal, eles estavam tão bêbados, tão bebados que não conseguiam sequer fazer a troca das passadas de mãos pelos degraus que a arquibancada fazia. Isso se deu porque foram descobrir minutos antes, ainda do lado de fora do estádio que não poderiam entrar com bebida alcóolica dentro do estádio e as garrafas somadas davam 20,não conseguindo escondê-las e não tendo com quem dividir a "gorozada" encararam todas sem soluçar. Porém, com o sol de 40º C que fazia no dia e a multidão que ao ver o ídolo correu esmagadoramente para frente do palco, abafados e sufocados no aperto entre as pessoas, o alcóol subiu completamente e foi menos de um minuto o tempo para começarem a passar mal, desabarem no chão e sentirem um enjôo enorme e a cabeça rodar.
Voltando ao lance da arquibancada, cada degrau durava uma eternidade e os giros que a cabeça dava a cada abrir de olhos fazia ela parar e procurar com as mãos um jeito para logo sair dalí pois ela não via a hora de poder vomitar e melhorar. Ele, mais forte e talvez mais acostumado com tonturas conseguiu chegar primeiro no topo da arquibancada avistando o banheiro, mas a cabeça girava forte ao ponto de não conseguir se equilibrar e com isso não conseguia nem mesmo estender a mão para ajudá-la.
Depois de muiiiiiiiiiiiito tempo lá estavam os dois tentando ficar de pé para chegar cada um ao seu toalete. A cena era degradante, ridícula aos olhos de qualquer sóbrio mas definitivamente muito engraçada, dois cambaleantes tentando se ajudar e pior, tentando não cair nas poças de água suja, coisas derramadas, etc que iam pisando por alí no caminho.
Finalmente chegando a porta do banheiro surge mais um obstáculo, ela, tomada pelo vinho quente e sem qualquer condição de se mover sozinha não conseguiria entrar no banheiro; ele, cheio de pudores e até mesmo com receio de "tomar um pau da mulherada" que estava lá dentro, rexistia em entrar com ela banheiro adentro, insistindo para que ela tentasse sozinha, mas ela realmente não conseguiria e foram entrando, ele totalmente introvertido e ela louca para entrar no banheiro privado e aliviar seus dois lados (leia-se aqui grotescamente vomitar e urinar). Em meio banheiro apertado e mal cabendo os dois, ela ainda hoje sem entenderem como, conseguiu despencar ao tentar sentar no vaso sanitario e ficou alí no chão pedindo ajuda para se levantar, ele, em pé atrás da porta logo ao lado dela, não sei porque não sei como ao tentar balbuciar alguma coisa deu-lhe uma chuveirada de vômito nas pernas e apartir daí não parou mais, a cena aliás, lembrava bem aquela cena do exorcista onde a garota vomita um jato, foi bem isso, e entre o chororô dela repetindo várias vezes "olha o que você fez comigo, como que eu vou embora, olha o que você fez comigo..." e os pedidos de desculpas dele também repetidos dizendo "não estou conseguindo parar...pausa vomito...me desculpa...pausa vomito...eu caso com você...eu caso com você" a cena só não foi hilária na hora porque era trágica e depois que a sessão do exorcista parou ele a levantou e ela mais enjoada do que nunca acabou vomitando (dentro do vaso sanitário), fazendo ele vomitar novamente (o homem era uma máquina de vomitar naquele momento)....foram-se todas as 20 garrafas de vinho quente bebidos, mas não foram-se as consequencias delas. Tão logo saíram do banheiro privado, no momento em que ela se achou melhorada, ao tentar se dirigir a pia sozinha para lavar a boca e o rosto eis que violentamente e como um pé de eucalipto de raiz podre, ela estabacou-se por completo e já quase inconciente, indo direto ao chão e nem as poças d'água das pias entupidas e provaveis "xixis" espalhados por todo lugar amenizou o barulho e a queda, o que chamou a atenção de todas que estavam dentro do banheiro para sí. Nessa hora, ele que já se encontrava na porta passando o mesmo mal, rexistia o desmaio e a inconsciência tentando enxergar a cena, mas só teve tempo de pedir para chamarem os bombeiros e num ato de cumplicidade golística foi deitando e cedendo ao início do coma.

Seria cômico se não tivesse sido trágico, mas teria sido fatal se não fosse a ação rápida dos bombeiros que pegaram os aspirantes de romeo e julieta do metal e tascaram injeções de glicose entre outras cousas. Duas horas depois, ele já acordado a muito tempo viu ela acordar sem entender nada e sem saber onde estava, contou o que houve, os dois ainda meio abobalhados e recebendo alta e sendo despachados pelo acredito enfermeiro local seguiram para a saída do estádio, já que, àquela altura mal queriam saber do show, só das correntes e pulseiras de spike que haviam deixado aos cuidados dos Pm's da entrada e se não tinham perdido ou sido roubados nesse momento Over.

Apesar da cena louca e da aventura alcóolica que viveram, os dois descendo a Av.Otacilio Negrão de Lima a caminho de casa iam recontando entre gargalhadas e risos meio sem graça a doideira que viveram e apesar de saberem que foi ridículo, sabiam também que o que rolou alí fez surgir algo inexplicável que os fariam indivisíveis pelo tempo e cúmplices de outros momentos mais...O amor nascido se aflorou e tiveram a certeza de que aquele compromisso de casamento totalmente sem noção firmado em meio a privada de um banheiro público e muito vômito era mais verdadeiro que qualquer outro pedido de casamento tradicional e viveram felizes para sempre até os dias de hoje!

P.s.: Isso aconteceu no primeiro mês entre a segunda ou terceira saída do casal que ainda estava se conhecendo.Um mes depois do ocorrido, as vésperas do natal, ele terminou com ela, se arrependendo ás vésperas do ano novo e reatando desesperadamente o namoro, a essa altura já não conseguiam ficar separados. Namoravam os sete dias da semana no portão de casa, ora casa dela, ora casa dele, ora muro de rua mesmo. Quando decidiram se unir não tinham nem quatro meses de namoro acho, e apesar de levarem sua união na mais condição e seriedade que todos os votos de casamento impõem, juram que as palavras dela quando ele foi pedir a sua mão para o pai dela ainda fazem valia, pois não se pediram em casamento, se pediram experiência...experiencia de 40 anos para decidirem se casam ou não, esse foi a unica condição imposta por ela, hoje em dia acredito eu, pelo amor e cumplicidade estabelecida,nem mais seguida.

The end!

PRONTO FALEI: Essa é a minha história de amor, eu e meu "Morr" nos conhecemos, nos apaixonamos e acabamos juntos assim. Hoje, depois de 12 anos juntos e ainda enamorados como se tivessemos acabado de nos conhecer (e de preferencia sem vomitos kk), vejo que os pedidos que a gente faz quando começa a viver amores acontecem se a gente desejar com vontade, pois eu tenho do meu lado exatamente o que um dia chorando de desilusão pedi ao grande Ozzy, um homem que me desse uma familia onde seríamos felizes mesmo que vivendo de forma simples, sem grandes luxos ou riquezas como desejava sempre minha irmã, que não me fizesse relembrar meu pai na bebida ou forma de tratar uma mulher, que não fosse beato de religião e traiçoeiro como minha mãe e respeitasse meu gosto, meu jeito diferente de vestir e principalmente que me amasse e desejasse como eu sou, gorda que não pensa em emagrecer, de humor oscilante tipico da endometriose e um romantismo e sentimentalismo rebuscado de atitudes "Pereirão" e ele me deu.

"Morrr", MEU SHUREK FAVORITO, hoje no dia dos namorados quero homenagiar você, meu eterno enquanto dure e que dure muito tempo namorado, amigo de vezes, irmão de rock/metal camarada...\,,/ TE LOVE BABY...ATÉ O OSSO!..YEAH!!! \,,/

Beiças Povo e feliz dia dos namoridos!