Essa é a minha cabeça de quinze anos atraz quando em meio ao teste vocacional mudei tantas vezes por não saber o que queria fazer que acabei dexistindo de tentar faculdade. Na verdade eu tentei, foram três anos seguidos, tentando e passando sempre na primeira etapa mas não indo na segunda porque de alguma forma aquilo alí não me chamava. Na época meus testes vocacionais sempre me guiavam para área das artes ou história e filosofia, mas eu queria fazer coisas que não podia pagar e o que podia tentar era o que me cabia. Eu sempre gostei de historia, filosofia, literatura, artes, mas sempre gostei de computador, tecnologia, comunicação, video games...ah, também super me identificava com moda customizada, costura, artesanato, trabalhos manuais e vez ou outra me via trabalhando em algo do tipo "primeiras mulheres a fazer isso" sacas, mas o que eu sempre amei foi música, escrever, ler, então me via numa casa de campo vivendo de escrever livros, praticamente um paulo coelho de saias rs e foi assim, foi indo, os anos passando e eu não definindo nada porque sempre amei essas coisas todas e não conseguiria optar. O novo mais novo me atrai e o velho nostalgico me seduz. Sou do meio sem ser neutra sabe, consigo opinar mas não consigo decidir certas coisas como por exemplo o melhor jeito de investir meu dinheiro sem achar que fiz de novo burrice e meu futuro enquanto profissional.
imagem meramente ilustrativa |
Quando falo isso lembro de quando era nova e sonhava que a essa altura da vida já estaria vivendo do meu próprio dinheiro, com casa própria e uma casa de campo como daqueles escritores de filmes que se sentam próximo da janela super larga e com vista pro lago para escrever seus best' sellers, mas também consigo me ver trabalhando com informática em algum local e ganhando bem ou com moda,nossa, amo fazer minha moda alternativa estilo heavy metal...a minha loja virtual ou minha loja física montada com predominância de roxo e preto (ou talvez vermelho sangue e preto...a cor não importa, apenas um lugar sombrio e totalmente cool para eu chamar de meu kk), um negócio próprio, inovador como os que aparecem no pequenas empresas, grandes negócios, qualquer coisa que me chame, me atraia, me faça mais um daqueles sortudos que trabalham com o que gostam e ainda ganham dinheiro $$ ;)
E aí com o piscar da tela do note eu caio em mim e lembro que aos 33 anos eu ainda não sou nada formado, apenas um embrião que corre uma hora prá cá, outra hora pra lá dentro do vasto nada que sonhei. Sem definição do que quero, eu aos 33 anos ainda quero tudo do que sonho mas não alcanço nada. Não sou costureira, não tenho uma grife ou lojinha de bairro sequer com coisas do meu estilo e com a minha cara, não sou uma daquelas nerds que chegaram ao vale do silício (o lugar mais longe que eu cheguei foi comprar e morar mais longe do que eu já morava), não sou uma escritora famosa, nem comentada, nem os ensaios de livros que eu escrevi eu publiquei, não sou nada, apenas alguém que levanta todo os dias, faz as mesmas coisas e fica feliz com a novidade alheira e quando chega o horario da novela porque na sua vida de sonhos vazios a única coisa que tem feito seu coração se animar além do cotidiano básico é o capítulo novo ou a continuação da novela das nove que desde que começou só pega fogo e ela mal consegue aguardar. Fim!
PRONTO FALEI: Antes que pensem que eu estou com depressão ou num dia ruim, de choro e vela, esse post é apenas uma divagação de alguém que chegou aos 33 anos e não consegue ter uma real expectativa de futuro profissional,mais nada...resumindo...momento crise existencial do pós trinta e dificuldade em aceitar que agora sou limitada a dona de casa kk.